Teste ao Sistema
É sempre interessante e estimulante o primeiro contacto com ótica laser experimental.
No entanto deve ser feito com prudência e evolução. O cuidado a ter com o material é indispensável e o rigor a ter nas execuções imprescindível.
Como é necessário que o sistema holográfico cumpra as condições de estabilidade e coerência, devem-se fazer testes preliminares para verificar se tais condições são cumpridas.
Assim sugere-se a construção do interferómetro de Michelson para análise do estado vibracional do sistema holográfico e medida do comprimento de coerência do laser a utilizar.
Com a construção e aplicação do interferómetro de Michelson consegue-se uma boa prática em manuseamento e alinhamento de componentes de ótica experimental.
Após a verificação das condições referidas, pode-se passar à fase de simulação de registo de um holograma.
Nesta fase, escolhe-se a técnica holográfica a utilizar, procede-se à montagem experimental adequada e realiza-se uma simulação total do registo e processamento químico de um holograma.
É bastante importante tal procedimento pois, além de desenvolver o manuseamento e a aplicação da técnica experimental escolhida, normalmente revela preocupações e problemas iniciais.
Após existir um certo domínio da técnica, começam-se a fazer os primeiros testes em suporte holográfico.
Controlando a expansão do feixe, podemos utilizar apenas a zona desejada do filme holográfico, rentabilizando deste modo o filme existente.
A escolha do objeto é muito importante para se obter um bom resultado.
Para estes testes preliminares é clássico e preferível utilizar uma moeda, dadas as suas propriedades refletoras (reflexão difusa).
O carácter interdisciplinar manifesta-se através da preparação e do doseamento dos produtos químicos a utilizar no processamento dos hologramas.
É bastante provável que nestes testes iniciais não se obtenha nenhum resultado positivo, mas apenas alguns pedaços de filme queimado ou a gravação de algumas franjas de interferência.
Para melhorar os resultados é necessário rigor, confirmar todo o procedimento de modo a verificar se existe a condição de registo e questionarmo-nos sobre os parâmetros que condicionam o resultado, nomeadamente, o tempo de exposição.
Conhecendo a sensibilidade do filme e utilizando um medidor de potência, pode-se facilmente calcular o tempo de exposição, teoricamente ideal, para o registo. Sabendo o tempo de exposição, já existe uma estimativa para se poder trabalhar, aumentando assim a probabilidade de obter resultados positivos.
Com a obtenção dos primeiros resultados positivos, apercebemo-nos da importância da técnica de visualização de um holograma.
Toda esta fase de testes e iniciação é conveniente ser realizada com a supervisão do professor.